sexta-feira, 6 de maio de 2011

O saber tradicional

        Queixar-se da carestia, das filas nas farmácias populares, de que os genéricos não têm o efeito dos remédios originais. Nada disso é necessário!
       Basta que busquemos nos ancestrais conhecimentos, nos ensinamentos de nossos antepassados, as respostas aos mais corriqueiros males que ainda afligem nossa saúde. Então, aqui vão duas receitas (colhidas em Les Admirables Secrets d'Albert le Grand - La diffusion scientifique, Paris), de muitíssima serventia:

         "Tranca-se um cachorro e só lhe dá ossos para roer durante três dias. O seu excremento, depois de ressecado, é excelente para disenteria."

Charge de Ana Carolina (Flor) Schlee

          "Dá-se de comer tremoços a um jovem de bom temperamento e em perfeita saúde, durante três dias, com pão bem assado, com um pouco de fermento e sal; para beber, só lhe daremos vinho pouco tinto, sem lhe dar outra coisa do que o que acabamos de dizer. Será preciso rejeitar como inúteis os excrementos que fará no primeiro dia. Os que fará nos dois dias seguintes serão coletados e conservados cuidadosamente, depois serão misturados com a mesma quantidade de mel, e lhe daremos de beber como um eleuári. Esse remédio é poderoso para a amigdalite.

Adiê caganerrá! Arrevoá dor-de-garrgantá!

(imprima, recorte e guarde junto com o xarope Melagrião, com o digestivo Epagosina e com o emplastro Sabiá)

 

Um comentário:

  1. Lá na Hulha esse cocô branco era chamado de "Jasmim de Cachorro". Tive a sorte de nunca tomar a tal infusão desse "jasmim", mas muitos colegas tomaram dele... E, para espanto de todos, ainda estão vivos e "sãos: de pata e lombo", como ainda diz minha mãe.

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