sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Eles ainda abundam

Li na Zero Hora de ontem que o Judiciário Riograndense negou medida liminar requerida pelo Partido Progressista (PP) e pelo Democratas (DEM) para que a Avenida da Legalidade e da Democracia voltasse imediatamente a se chamar Avenida Castelo Branco. Relembrando: através de lei municipal aprovada pela Câmara de Vereadores de Porto Alegre em outubro de 2014, a então Avenida Castelo Branco teve seu nome mudado, passsando a chamar-se Avenida da Legalidade e da Democracia. O argumento do PP e do DEM (que nada mais são do que "desdobramentos" da falecida ARENA) é de que a lei deveria ter sido aprovada por dois terços da Câmara, segundo determinação da Lei Orgânica do Município, e não por maioria, como aconteceu. Além disso, reclamam que, antes da mudança da designação da via, os moradores  das redondezas deveriam ser consultados a respeito.
Próceres dos dois partidos sugerem, alternativamente, que em não havendo possibilidade de se retornar a homenagem ao gorila cearense, que a importante via de entrada à capital gaúcha passe a ser designada "Avenida do Golpe e da Ditadura".
O mérito da ação ainda vai ser apreciado e julgado pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça.
 
 

sábado, 10 de janeiro de 2015

Na ilha de Caras

Conhecido Pastor Evangélico e dublê de Deputado Federal (PQP-RJ) anuncia ter ingressado em uma fase mais light, caracterizada pela flexibilização de suas convicções pessoais. "Meu negócio agora é o amor", justificou o parlamentar. Atribuiu essa radical mudança a um costume recentemente por ele adotado: o uso do pau de Selfie*.

*Raimundo Selfie da Conceição é baiano de Jequié e trabalha como motorista do parlamentar desde 2013.

Fundamentalistas 1x1 Fundamentalistas




Edgar Vasques (no DP de hoje)

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

De repente, 15 anos!

Há 15 anos, ela nasceu.
O relógio da Santa Casa marcava 5 horas
de uma madrugada sufocante
(e cheia de mosquitos),
Veio num parto normal, roxa e sem chorar
(com o cordão umbilical enrolado no pescoço).
Grandona, tinha 50 centímetros e pesava quase 4 quilos
(a Nanda teve que fazer muuuuita força).
A mim, pai desajeitado, foi apresentada um pouco depois, já limpinha e cheirosa
(olhem aí na foto).
Parecia braba. Engano: não era!
Era um docinho, era uma flor.
A nossa Flor!





Beijo, Flor! Beijo, Nanda!

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Apocalipse now

O colunista Luiz Carlos Freitas, sob o título "Canto ao desencanto",  escreveu no Diário Popular de hoje: "Não é preciso ser sensitivo nem vidente  para prever que 2015 será um ano difícil, talvez como nunca antes na história deste país. Paira clima de conflito no ar, a atmosfera está carregada, prenunciando chuvas, trovoadas - tempestades. (...) É, sim, a certeza de que o Brasil - bem além dos protestos de 2013 -  neste ano se transformará num barril de pólvora. As manifestações de rua irão recrudescer, a anarquia será generalizada, se instalará o caos, as instituições serão pisoteadas, a desobediência civil tomará proporções amazônicas."
 
Cruzes! O cara  está dando vida, agora, ao célebre personagem "Dudu, o alarmista", criado pelo Veríssimo (na série "As Cobras"), nos anos 80/90! Comparem (é cara de um, focinho de outro):
 
 
Ainda bem que nosso Dudu já vaticinou anteriormente que não ia ter Copa, que a Dilma não seria reeleita e, na semana passada, que o Marroni não assumiria cadeira na Câmara porque o Pepe Vargas não seria chamado para ocupar ministério. Porém, num arroubo de otimismo, crê piamente que o xará dele, o Dudu da Prefeitura, transformará a cidade em um "canteiro de obras" nessa segunda metade de governo...

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Walking Deads

Postei ontem, no Facebook: "Vi agora no Tele Domingo: um cara assegurou ter captado a voz do espírito do Padre Landel de Moura em ondas curtas. O rádio dele deve ser muito bom. O meu, comprado nos camelôs, quanto muito capta a arenga do Tufy Salomão."
 
Interessante a repercussão. Nos comentários ninguém disse nada a respeito do "fato" do sujeito ter conseguido "contato" com o finado Landel de Moura pelas ondas do rádio. Todo mundo se abismou de saber que o Tufy está vivo!
 
Tão vivo (quase) quanto no tempo da ARENA e da Atrações Tusa.

sábado, 3 de janeiro de 2015

Medianeira

 
Eu podia ter sido um filha da puta. Foi minha mãe que não deixou.
 
Frequentava o Jardim da Infância do Grupo Escolar Nossa Senhora Medianeira, ali na Barroso, junto ao Círculo Operário. (Era 1966, e a Seleção ainda nem tinha perdido para Portugal, na Copa da Inglaterra.)
 
Na sala, as crianças se distribuiam em mesas redondas, cinco ou seis em cada uma. Numa tarde, na hora da merenda, um coleguinha pegou uma banana e começou a enfiá-la no gargalo de uma garrafa de refrigerante. Levantei-me e fui até a professora, fazendo queixa do comportamento inadequado do outro. E quem estava do lado da professora justamente naquele momento? Minha mãe, Dona Marlene, que também era professora do Medianeira. Nem sei se minha professora chegou a dizer qualquer coisa. Mas me lembro bem da cara da mãe e do que ela me falou: "vai para o teu lugar e deixa de ser dedo-duro!".
 
Pimba! Nos "rim"!
 
Hoje está na moda a tal "delação premiada". Está cheio de neguinho (e neguinha) dando o serviço para salvar a pele. São os que, por serem filhas da puta, tiram proveito exatamente dessa qualidade para se safar de suas filhasdaputices.
 
Com toda a certeza, não tiveram a sorte de estudar no Medianeira. Nem de terem sua trajetória maucaratista interrompida de modo cirúrgico por uma mãe atenta.

 
Defunto Cagüete (Bezerra da Silva)
 
Mas é que eu fui num velório velar um malandro
Que tremenda decepção
Eu bati que o esperto era rife ilegal,
Ele era do time da entregação
O bicho esticado na mesa
Era dedo nervoso e eu não sabia
Enquanto a malandragem fazia a cabeça
O indicador do defunto tremia
(Refrão)
Era caguete sim!
Era caguete sim!
Eu só sei que a policia pintou no velório
E o dedão do safado apontava pra mim
Era caguete sim!
Era caguete sim!
Veja bem que a polícia arrochou o velório
E o dedão do coruja apontava pra mim
Caguete é mesmo um tremendo canalha
Nem morto não dá sossego
Chegou no inferno, entregou o diabo
E lá no céu caguetou São Pedro
Ainda disse que não adianta
Porque a onda dele era mesmo entregar
Quando o caguete é um bom caguete
Ele cagueta em qualquer lugar
(Refrão)