terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Oferenda


Sopa americana e cerveja mexicana. A globalização dos orixás.
ou
Il nero periglio che vien dal mar (Brancaleone da Norcia)
*Fotografia de Alexandre Schlee Gomes. Título e legenda de Fernanda Schlee. Citação do autor da foto.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Quando havia carnaval


"Retrato" "batido" no início dos anos 40, numa Jaguarão pré-trios elétricos.
Aldyr (meu pai), de pé, com a fantasia de pompons, e Arione (um amigo dele), sentado.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

And the Oscar goes to...

Hoje, daqui a pouco, serão revelados os vencedores do Oscar deste ano. Preparemo-nos, pois, para aturar aquele monte de piadas simplórias dos apresentadores, traduzidas de forma absolutamente incompreensível na versão nacional. Ah, com pitecos basbaques do José Wilker ou do "expert" Ruben Ewald Filho.

Dos concorrentes, vi apenas o Django, do Tarantino. Achei que começa bem, mas que se alonga demais,  não chegando aos pés de Pulp Fiction e sendo inferior a Bastardos Inglórios.

Por causa de uma proposta lançada pelo David Coimbra na Zero Hora de hoje, fiz um lista dos meus "dez melhores filmes de todos os tempos". Vale dizer que o Coimbra, apesar de, inicialmente pretender fazer uma lista de dez, acabou arrolando nada mais, nada menos, que 55 filmes! E lembrou-se, ainda, de vários outros que a poderiam integrar. Eu, ao contrário, consegui vencer a tentação de "incluir mais um" e, ao fim de um razoável exercício de memória, relacionei somente dez filmes (que, evidentemente, seguem apenas ao particularíssimo critério "adoro esse filme").

Ei-los; todos empatados em primeiro lugar:

Montenegro, Pérolas e Porcos (1981, Dusan Makavejev)
Corações Loucos (1974, Bertrand Blier)
O Ouro de MacKenna (1969, J. Lee Thompson)
Vá e Veja (1985, Elem Klimov)
Os Sete Gatinhos (1980, Neville d'Almeida)
Nashville (1975, Robert Altman)
Minha Vida de Cachorro (1985, Lasse Halströn)
A Dança dos Vampiros (1967, Roman Polanski)
Whisky (2003, Pablo Stoll Ward) 
Tommy (1969, Ken Russell)

Obs: ficaram no banco, pedindo passagem, Tempos Modernos, A Montanha dos Sete Abutres, Jesus Cristo Superstar, Comboio, O Planeta dos Macacos, Macunaíma, Pulp Fiction, Perdidos na Noite, Cidade de Deus, A Fita Branca, O Banheiro do Papa, O Circo, O Massacre da Serra Elétrica II, Down by Law, Rejeitados pelo Diabo, O Piano, Strozek, Jovem Frankenstein, Primavera para Hitler, Doze Homens e uma Sentença, Os Guerreiros Pilantras, O Valente Treme-Treme, Laranja Mecânica, Os Bons Companheiros, Mad Max II, Feitiço do Tempo, A Noite em que o Sol Brilhou, Busca Frenética, O Tambor, Deu a Louca no Mundo, A Marvada Carne, Eu Te Amo...

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Caindo de maduro

Diga-me com quem andas que direi quem és.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Datena, urgente!

Oscar Pistola confessou que matou a namorada.


Mas se justificou: 
"- Ela passou a perna nimim!"

Deus hipotético (por Luis Fernando Veríssimo*)

Um religioso dirá que não faltam provas da existência de Deus e da sua influência em nossas vidas. Quem não tem a mesma convicção não pode deixar de se admirar com o poder do que é, afinal, apenas uma suposição.

A hipótese de que haja um Deus que criou o mundo e ouve as nossas preces tem sobrevivido a todos os desafios da razão, independentemente de provas.

Agora mesmo assistimos ao espetáculo de uma empresa multinacional às voltas com a sucessão no comando do seu vasto e rico império, e o admirável é que tudo — o império, a riqueza e o fascínio dos rituais e das intrigas da Igreja de Roma — seja baseado, há 2000 anos, em nada mais do que uma suposição.

Todas as religiões monoteístas compartilham da mesma hipótese, só divergindo em detalhes como o nome do seu deus. E todas têm causado o mesmo dano, em nome da hipótese.

Não é preciso nem falar no fundamentalismo islâmico, que aterroriza o próprio islã. Há o fundamentalismo judaico, com sua receita teocrática e intolerante para a sobrevivência de Israel.

O fundamentalismo cristão, que representa o que há de mais retrógrado e assustador no reacionarismo americano, e as religiões neopentecostais que se multiplicam no Brasil, quase todas atuando no limite entre o curandeirismo e a exploração da crendice.

A Igreja Católica pelo menos dá espetáculos mais bonitos, mas luta para escapar do obscurantismo que caracterizou sua história nestes 2000 anos, contra um conservadorismo ainda dominante. A hipótese de Deus não tem inspirado as religiões a serem muito religiosas.

Há aquela parábola do Dostoievski sobre o encontro do Grande Inquisidor com Jesus Cristo, que volta à Terra — o filho da hipótese tornado homem — para salvar a humanidade outra vez, já que da primeira vez não deu certo.

Os dois conversam na cela onde Cristo foi metido por estar perturbando a ordem pública, e o Grande Inquisidor não demora a perceber que a pregação do homem ameaçará, antes de mais nada, a própria Igreja, a religião institucionalizada e os privilégios do poder.

Não me lembro como termina a parábola. Desconfio que, se fosse hoje, deixariam o Cristo trancado na cela e jogariam a chave fora.

*Crônica publicada hoje na Zero Hora.

BF: estava achando que o LFV, depois do susto, tinha "perdido a mão". Fiquei até chocado com o fato de ele ter se deixado "pautar" pela RBS após o incêndio da boate em Santa Maria, redigindo um texto que, em resumo, clamava pela "punição exemplar dos culpados". Hoje cedo recebi um telefonema do meu pai, que me recomendava a leitura da crônica acima reproduzida. Concordamos, eu e o pai, que, com "Deus hipotético", o Verissimo bem demonstra, finalmente, sua plena recuperação (no sentido mais amplo).


Fernández de Palleja disse...

La Iglesia elige sus autoridades de un modo muy similar al Partido Comunista Chino.
Conclusión: los curas son maoístas.

Fernández de Palleja é, para mim, o Ignacio, amigo lá de Maldonado/Uy

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Auf Wiedersehen

Uma vez, na arquibancada do Estádio Bento Freitas, ouvi um brado retumbante dirigido por um torcedor Xavante a um dos nossos jogadores (que, obviamente, fazia péssima apresentação).
Quando tomei conhecimento da notícia-bomba da semana passada, tive certeza que aquele torcedor, além de Xavante, era também um fervoroso Católico Apostólico Romano e que, como tal, em recente passagem pelo Vaticano, deve ter repetido seu grito, agora para o Sumo Pontífice:

"- FAZ QUE VAI CAGÁ E PEDE PRA SAÍ!"


Ratzinger (poliglota que é) ouviu, entendeu e atendeu.