sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

A escolha de Sofia

    - Peito ou coxa?
    - ... Caráter!

*BF utilizando tirada espirituosa da Flor nesses dias natalícios. Minha garouta!

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Procotolo (Carlinhos Vergueiro*)

É o procotolo
É a cardeneta
É a falcudade
É o estaultuto
É o fenônemo
É o pogresso
E é sempre um crima
E aí vareia
E a largatixa
Que é o pobrema
Esta é que é a questã
Quanto menas vezes falar dela
É melhor
Com sastifação

*Ouvir uma ótima versão em https://letras.mus.br/carlinhos-vergueiro/

- Bicicreta cocrete cardeneta!
- Nossa! Ele fala tudo errado!
...
- Vim devolver o seu papagaio!
- Argum pobrema?

Grandes quadrinhos de Natal (Fernando Gonsales & Laerte)

- Aquele carro na porta da minha garagem é seu?
- Non

-Não acredito em Papai Noel!

- Você esqueceu do algodão pra fazer a neve.

domingo, 20 de dezembro de 2015

A DEFESA DA DEMOCRACIA


Manifestação de ALDYR GARCIA SCHLEE (sábado, 20 de dezembro de 2015) em ato político realizado diante do Teatro 7 de abril, na praça Cel. Pedro Osorio




Lamento que precisemos estar aqui, hoje, em praça pública para defender a Democracia. Lamento muito, porque, aos 81 anos, já não imaginava mais... ver a democracia ameaçada em nosso país.

E percebam que agora, já não são os bandidos fardados de ontem que nos ameaçam e ameaçam o povo brasileiro; agora são os filhotões da ditadura militar outrora acobertados na velha Arena, são eles que se arrogam a dar o golpe, disfarçados escandalosa e convenientemente de arenistas em pepistas e de pepistas em “progressistas”; ou disfarçados escandalosa e convenientemente de arenistas em pefelistas e de pefelistas em “democratas” – a contar ainda os metidos na conveniente, escandalosa e disfarçada absorção do periclitante comunismo do PCB pelo pseudo socialismo direitoso do PPS; – e a contar ainda o constante e inabilitante afundamento político-eleitoral do outrora democrático e promissor PSDB, nas suas sucessivas derrotas nacionais e nas ridículas brigas internas de seus caciques, que transformaram o partido, agora, na desarticulada máquina que se quer escandalosamente, disfarçadamente e convenientemente, detonadora e propulsora do golpismo brasileiro, com o irrestrito, incondicional e mal-disfarçado apoio (como não poderia deixar de ser) das máximas entidades patronais da indústria, do comércio, da agricultura... e de toda a mídia monopolista com elas mancomunada no país inteiro, chancelando, difundindo e propalando as campanhas de desinformação, ignorância, intolerância, ódio, rancor, mentira, injúria, difamação e calúnia, especialmente contra a presidenta da República.

Fora Dilma, fora PT são expressões postas na boca de uma pobre gente – não de gente pobre – pobre gente que vemos por aí desinformada, ignorante, intolerante, cheia de ódio e rancor injustificáveis; e difusora irresponsável de mentiras grosseiras e de criminosas injúrias, difamações e calúnias contra quem quer que seja o objeto de sua ira e raiva. Uma pobre gente – não uma gente pobre – que, portando contraditórios símbolos nacionais, inclusive a camiseta canarinho enxovalhada pela CBF, nem ao menos sabe, certamente, por que mesmo poderia desejar Dilma fora da presidência e o PT fora da luta política --a não ser para que, assim, não houvesse necessidade nem perigo de eleição, e os caciques seguidamente derrotados nas urnas não corressem risco de mais um tombo eleitoral, capaz de conduzi-los ao ostracismo que os ameaça e que tanto merecem.

Tenho por certo que o golpe contra o qual nos manifestamos aqui, hoje, não haverá: a Justiça já corrigiu e recompôs os limites da ação política desencadeada pelo golpismo no Congresso. Mas a defesa da democracia continua.
Com ela, com a defesa da democracia, estamos comprometidos – o que significa estarmos comprometidos com a vontade do povo brasileiro, expressa nas urnas em eleições livres, democráticas e inquestionáveis que garantiram e garantem à presidenta Dilma Rousseff uma mandato que vai até 2018.

Não ao golpe!
Não à infâmia!
Não à mentira!
Não à injúria, à difamação e à calúnia!
E viva o povo brasileiro!

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Crônica (ou choripan com guaraná)

Noite dessas,
no largo do Mercado,
tocavam Líber e sua banda.

Ao som de um candombe
o louco, radiante,
bailava sozinho.

O menino, fascinado,
acenava para o louco,
que gritava (mãos aos céus):
"bravo! bravíssimo!"

domingo, 13 de dezembro de 2015

Pombinhos (Aldir Blanc*)

Pombinhos


Olha os vizinhos
Tás afim?
comigo ninguém fala assim!
Ou tu conversa feito gente
ou depois vais dar por falta
de um ou dois dente,
Pomba! Igualzinha a tua mãe
Vê se te manca!
Afinal, temos dois anos de casado.
E fim de papo. Tamos conversado.
Eu gosto da Marlene
e tu não gosta.
Agora, pomba, 
arranca o facão das minhas costa.

*Morri de rir ao reler parte de "Rua dos Artistas e Transversais", do genial Aldir Blanc. Apesar de ser basicamente um livro de crônicas (ou melhor, a reunião de dois livros, e de mais outras crônicas publicadas nO Pasquim), tem "coisas" como essa aí - parecidas com letras de músicas de autoria dele e "imortalizadas na voz" de João Bosco. Minha intenção, ao procurar o livro do xará, era confrontar uma crônica dele, que se desenrola durante uma festa familiar em plena Vila Isabel, com as recomendações da nossa célebre Célia Ribeiro na ZH a respeito de comportamento em festividades natalinas. Não achei tal crônica. Ainda. Ela existe, eu sei. 

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Imagine!

Diário Popular de terça-feira, 8.12.15, página 20:

"Na madrugada de ontem, um jovem de 22 anos foi morto a tiros durante uma festa, no 4º distrito, na Zona Rural, a cerca de 50 quilômetros do centro de Pelotas. John Lenon Nunes Braga foi alvo de quatro disparos."

Zero Hora de terça-feira, 8.12.15, página 44:

"Hoje na História - É assassinado, em Nova York, aos 40 anos , o músico britânico John Lennon, em 1980."

§§§ 

Como cantou Walter Franco, "existe John, existe João"...

domingo, 6 de dezembro de 2015

meu amigo Aldyr Rosenthal Schlee (por meu amigo Ângelo Alfonsin)

meu amigo Aldyr Rosenthal Schlee
como todo criativo
é Bipolar Flexível
tem na ponta da língua
a frase de ponta agudíssima
que corta a situação em postas
os envolvidos que revolvam-se
Tom Waits e Tom Zé
dão o tom para Aldyr cantar
hay que endurecerse sin perder
o humor jamais
sempre foi original
quando eu
a torcida do Brasil de Pelotas
e
o resto do mundo virávamos a cabeça
para acompanhar o voo
do Led Zeppelin
a cabeça de Aldyr girava como um globo
sobre as pistas
quando Donna Summer cantava
rainha de todas as noites de lobisomem
e garagens dos 70
o talento e paixão pelo futebol
de mesa
transformou-o em um zagueiro clássico
um Oscar 78
na primeira partida do campeonato
da Faculdade
levamos 4x1 do time em que todos
atletas na vida civil usavam óculos
logo meu ego cego batizou
de Sociedade Esportiva Lente de Contato
contato perdido com a realidade
era meu tato
entrei de salto 15 com lamê
um Mário Alberto Kempes enfeitado
com bola de Zanata
o olho de lince de Aldyr sacou-me
em surdina
como quem retira aquele botão
que salta sobre a bola e antes
de estatelar-se segura-o em plena
queda
fomos campeões fui nomeado
gerente do banco de reservas
e
ganhei um novo amigo
aquele mesmo de sempre
que jamais consegue deixar
de ser
novo

Aedes aegypti


BF: em tempos de chikungunya e o escambau, ficou "bunitinho"...

sábado, 5 de dezembro de 2015

Mobilidade

Como a Angélica,
vou de táxi.
Uber, para mim,
é coisa de vaca.