domingo, 30 de setembro de 2012

O Vaz

Hoje achei esta caricatura do Vaz em cima da mesa de trabalho do pai,
lá na casa dele, no Capão do Leão.
Não resisti, conseguindo uma cópia para publicar aqui no BF.
Homenagem do Schlee ao fiel escudeiro.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Champions League

Foto de Alexandre Schlee Gomes

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Filosofia (por Alexandre Prezzi*)

"O negócio é levar a vida igual
a cavalo em 20 de setembro:
cagando, andando e sendo aplaudido!!!" 


*Filósofo polenteiro, jogador de botão e torcedor do Caxias

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Mario


Morreu o Mario. O Mario era de casa. Frequentava nossa casa desde muito cedo, desde que foi aluno do pai. Foi lá que um dia levou a namorada: a Lia Mara. Recitou, rindo daquele jeito dele, um poema que fez para ela. Ficaram juntos até hoje. O poema deve ter sido decisivo para isso! Sempre admirei o jeito que o Mario e a Lia Mara andavam pela rua, do jeito que chegavam e se iam lá de casa. Devagar, sem pressa, ele com um dos braços por cima dos ombros dela. Que pena, agora, a Lia ter que andar sem o carinho e a proteção do Mario. Que, agora, não se ter mais o Mario.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Over the rainbow

Diário Popular de ontem
Depois de trilhar o caminho dos tijolos amarelos, o candidato apresentou-se à 'comunidade':
"Meu nome é Matteo Chiarelli,
mas podem me chamar de Dorothy."

11 de setembro


Chile: 11 de setembro de 1973 (por Raul Ellwanger*)

    Nos anos 60 e 70, o Chile foi abrigo para os brasileiros exilados durante o regime militar do Brasil. Iniciada em 1964, a diáspora aumentou depois do Ato 5, de dezembro de 1968. Foram acolhidos com todo carinho, com ajuda pessoal e material, conforto físico e espiritual. Receberam moradia, estudo, trabalho, apoio psicológico, solidariedade política, documentação legalizada, assistência médica, acesso ao esporte e tudo o que faz da vida uma jornada normal de ser vivida. Para quem vinha de um país brutalizado, sem legalidade, sem direitos, sem garantias, foi maravilhoso. Para muitos, foi salvação. Para outros, ressurreição. Para outros, descoberta.

      Muitas vidas brasileiras foram salvas pelo Chile, que era uma ilha democrática cercada de ditaduras. Muitas pessoas renasceram e se reconstruíram, nas escolas, fábricas, templos, campos e escritórios do Chile. Carreiras profissionais, técnicas, científicas e artísticas puderam resistir graças ao Chile. Muitos dos que hoje dirigem nosso país em todas as suas áreas, só o fazem porque o Chile os recebeu, protegeu e reconstruiu. Aquele Chile solidário de ontem é parte do Brasil democrático de hoje.
    De figuras conhecidas, como os presidentes da UNE Luis Travassos e José Serra, o poeta Tiago de Mello, o professor Ernani Fiori, o educador Paulo Freire, a socióloga Evelin Pape, o jornalista Tom Thimoteo até estudantes e trabalhadores pouco notórios, todos e cada um encontrou apoio no país andino.
      O sangue do Brasil ficou também por lá. O poeta Nilton Rosa da Silva, de Cachoeira do Sul, foi um jovem estudante que vivenciou a experiência democrática da Unidade Popular. Alegre, brincalhão, solidário, desapegado, namorador, cantor, voluntário social, este moço "brancaleone" era exemplo da alegria transformadora que iluminava o Chile e os milhares de asilados recebidos pelo governo de Salvador Allende. Engajado nos movimentos populares, em 15 de junho de 1973 foi abatido por uma bala em plena Alameda Central de Santiago, à luz do dia, durante uma manifestação de defesa da legalidade. Mais de 100 mil pessoas assistiram ao seu sepultamento, que se constituiu num ato político internacionalista histórico. Amigos, poetas e ativistas no Chile e no Brasil seguem cultuando seu nome, memória, exemplo e sacrifício, como prenda de um passado nobre e solidário e de um futuro justo e democrático.


Raul é conhecido e reconhecido músico e compositor gaúcho. Este texto, de sua autoria, foi publicado hoje na Zero Hora.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Nosso craque

     Oscar Emygdio Garcia, o Oscarzinho, foi goleiro do Cruzeiro de Jaguarão na primeira metade do século passado. Era da época em que goleiro jogava com pulover de lã, boina e joelheiras, mas sem luvas. Irmão mais novo da minha avó Maria, tio do meu pai, era meu tio-avô. Como sempre foi chamado de Tato pelo meu pai, para mim, meus irmãos e primos, virou, naturalmente, o Tio Tato. Segundo a lenda familiar (e jaguarense), jogava muito bem: era ágil e destemido. Consta que quase foi parar no Grêmio (isso eu não tenho certeza se de fato ouvi contarem quando criança ou se somente faz parte do meu imaginário).
    Além disso (e de ser ótimo nadador), Tio Tato foi o maior contador de histórias que conheci. Tinha uma facilidade impressionante para narrar fatos. Fazia-o com uma riqueza tal de detalhes que a gente se sentia, nessas ocasiões, como se estisse vendo um filme (e em 3D, com Sensurround!!!). Daí porque evidente a influência que teve na literatura de meu pai, que se criou ouvindo (e, de certo modo, "vendo") os causos e epopéias contados pelo tio. Interessante que, ao contrário do velho Schlee, o Tato sempre teve horror aos castelhanos, seus eternos rivais nos carecas campos de futebol do lado de cá e do lado de lá do Rio Jaguarão.

     Tive em mãos ontem, pela primeira vez, essa "figurinha" do Tato que ilustra a postagem, desenhada em um cartão grosso pelo pai há quase 70 anos (sendo, portanto, anterior ao famoso desenho do Carlyle envergando o uniforme "canarinho"). Estava, esses anos todos, guardada entre os documentos da vó.
    
     Como o próprio Tato, trata-se de uma relíquia familiar.


domingo, 9 de setembro de 2012

Liga de Defesa Nacional

    O 7 de setembro já passou. E mais uma vez nossa independência foi comemorada marchando. Patriotismo e civismo continuam sendo confundidos com ordem unida, com continência, com desfile militar. E dá-lhe banda marcial, e dá-lhe soldado, e jeep, e urutu e o diabo-a-quatro pintado de verde oliva. Por que se mantém essa distorção (resquício absurdo e evidente do tempo da ditadura, da época em que o Dr. Apodi comandava o "Altar da Pátria")?
  Fiquei pasmo ao ver, na RBS local, a matéria sobre o Dia da Independência. Foi realizada no interior do Colégio Tiradentes, no qual os alunos, filhotinhos de brigadianos, gritavam como robôs - em coro - seu amor à pátria. 
   Bah, o pior ainda está por vir: o 20 de setembro se aproxima. Rápido, minha fantasia de gaúcho! 

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Brazuca

Em 1969 a música Juliana ficou em segundo lugar no IV Festival Internacional da Canção. Interpretada por A Brazuca, era de autoria de Antônio Adolfo e Tibério Gaspar. A Brazuca era o grupo musical formado originalmente pelo próprio Antonio Adolfo (piano), Luz Claudio Ramos (guitarra), Luizão Maia (baixo), Victor Manga (bateria), Julie (voz) e Bimba (voz), tendo atuado no cenário artístico entre 1969 a 1971. Mais conhecida que Juliana ficou outra composição da mesma parceria, Teletema (regravada muitas vezes).


Em meados dos anos 70 adotei Brazuca como apelido do meu time de futebol de mesa (o Grêmio Esportivo Brasil). Abaixo está a prova, tanto nas tampas das minhas caixas mais antigas como na camiseta que usei na partida contra o primo Alexandre (com meu pai de juiz) pelo Campeonato Estadual de 1981, realizado em Rio Grande.



Agora, desde ontem, Brazuca passou a ser oficialmente o nome da bola da Copa do Mundo de 2014. Bela escolha!

domingo, 2 de setembro de 2012

Campanhas (por L. C. Vaz, direto do Facebook)


      NASA envia equipe até Pelotas para descobrir os motivos pelos quais certas campanhas eleitorais não estão conseguindo vencer a força da gravidade e estão coladas ao chão.
  Fontes bem informadas revelaram que os resultados serão enviados também ao Pentágono.    
    Obama, que não dorme há dias só pensando nisso, poderá vir a nossa cidade.