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Além disso (e de ser ótimo nadador), Tio Tato foi o maior contador de histórias que conheci. Tinha uma facilidade impressionante para narrar fatos. Fazia-o com uma riqueza tal de detalhes que a gente se sentia, nessas ocasiões, como se estisse vendo um filme (e em 3D, com Sensurround!!!). Daí porque evidente a influência que teve na literatura de meu pai, que se criou ouvindo (e, de certo modo, "vendo") os causos e epopéias contados pelo tio. Interessante que, ao contrário do velho Schlee, o Tato sempre teve horror aos castelhanos, seus eternos rivais nos carecas campos de futebol do lado de cá e do lado de lá do Rio Jaguarão.
Tive em mãos ontem, pela primeira vez, essa "figurinha" do Tato que ilustra a postagem, desenhada em um cartão grosso pelo pai há quase 70 anos (sendo, portanto, anterior ao famoso desenho do Carlyle envergando o uniforme "canarinho"). Estava, esses anos todos, guardada entre os documentos da vó.
Como o próprio Tato, trata-se de uma relíquia familiar.
O Tato é uma lenda, conheci pessoalmente, o desenho do rosto e do corpo são completamente fiéis à minha memória.
ResponderExcluirDeve ser um dos primeiros desenhos do Schlee.
Já saiu no VG, Aldyr:
ResponderExcluirhttp://velhaguardacarloskluwe.blogspot.com.br/2012/09/nosso-craque.html
Mas afinal, quem era o tio Tontom? Era o mesmo Tato? E qual deles tinha o quarto assombrado?
ResponderExcluirO Tio Tontom e o Tio Tato, assim como a Danda, eram irmãos da Vó Maria. O Tio Tato era o caçula. O Tio Tontom não tinha "quarto assombrado". O tal quarto ficou assombrado depois que nele o Tio Tontom foi (arrepio) velado. Pergunta para o Alexandre...
ResponderExcluirO Oscarzinho aparece no meu livro (O "Clássico" - Uma história de paixão), referência do velho Aldyr, é claro, em duelos memoráveis contra o extraordinário time que o E. C. Arroio Grande montou nas décadas de 40 e 50 do século passado.
ResponderExcluirDizem que era ótimo goleiro e, parece, até penalti batido pelo Agapito (ou pelo Ari, nosso grande ponta-esquerda) teria defendido.
O Sérgio Papagaio - avante do G. E. Internacional - também lembra dele; confirma a categoria no golo e acrescenta que era elegante e meio marrento também.
A memória (dos protagonistas) é o nosso 16 mm.
Abraço,
Pedro