segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Mariquinha

Furacão Sandy ameaça arrasar
a costa leste dos Estados Unidos.
Se estivesse acompanhado do furacão Junior,
os americanos iriam experimentar
o que é bom para a tosse!

domingo, 28 de outubro de 2012

Magia para emagrecer (de Chico Xavier)

"Na manhã de quarta-feira, coloque em meio copo de água o número de grãos correspondentes aos quilos que deseja emagrecer. Não ponha grãos a mais, pois os quilos perdidos não serão recuperados. À noite beba a água, deixando os grãos. Complete o copo com água até a metade. Na quinta-feira, em jejum, beba a água, deixando o arroz e encha novamente, metade do copo com água. Na sexta, em jejum, beba a água com os grãos junto. Depois mande publicar a simpatia."

Esta simpatia (atribuída a Chico Xavier) foi mandada publicar no Diário Popular de sexta-feira por algum admirador do mineirinho recentemente escolhido como o "maior brasileiro de todos os tempos" em programa do canal do Silvio Santos. Consta que o próprio CX (que poucos sabem, era gorducho na infância e adolescência) fez uso da própria magia, tornando-se rapidamente aquele pauzinho-de-virar-tripa. Ele perdeu tanto peso que, certa feita, seus fieis seguidores chegaram a comentar à boca pequena: "o mestre está tão desencarnado!". No mais, os únicos efeitos colaterais da beberagem orizícola é o afrouxamento da dentadura e o embaralhamento da grafia (que se torna garranchosa, permitindo, todavia, a leitura que se quiser dar a ela).  

No cabelo só Gumex

      Vivemos novos tempos neste Brasil grande sem porteiras!
     Ao vivo e a cores o Judiciário vem dando a resposta que o povo, em geral (e a Veja, em particular) clamavam. Enquanto o STF está em vias de encerrar o julgamento do Mensalão, fixando penas de décadas a condenados como Marcos Valério, Zé Dirceu e Genoíno, a Justiça Baiana não ficou atrás, impondo pena de 30 anos de reclusão ao Coronel Jesuíno Mendonça. Não adiantou Lula e Coronel Ramiro Bastos espernearem.


     O Eduardo Azeredo está com as barbas (e com o bico) de molho!

Uma questão de prevenção (por Beto Grill*)

   Sustos. Eles não me faltaram neste mais de meio século de existência intensa e 32 anos de exercício da medicina. Nas diversas e radicais atividades esportivas ou na relativa inconsequência das festas da juventude e nos plantões de urgência nos ambulatórios de cidades do interior do Estado, foram muitos os momentos de apreensão e sobressaltos. Na noite do dia 17, mais sustos. Dois jogadores sofreram batidas na cabeça. Confesso que, neste momento, por força de repetidos e dramáticos incidentes e por ter conhecimento do nível de agressão ao cérebro que pode advir desse tipo de ocorrência, muito me abalam os traumatismos cranianos no futebol.
    As manifestações tendem a ser momentâneas, mas, pelo fato de o choque ocorrer sem previsão e natural defesa, os danos podem ser permanentes, de natureza cognitiva ou motora. No futebol, o impacto ocorre em pleno processo de aceleração dos indivíduos envolvidos, com forças agindo em sentidos contrários, o que potencializa a violência da colisão.
    A angústia vem de longe. Relembro da lesão de Zé Rios, da Desportiva do Espírito Santo, no Beira-Rio, em 1979. O capixaba sofreu uma pancada na cabeça, foi hospitalizado e acabou amparado por Valdomiro, ex-atleta do Internacional, e sua esposa. Tempos depois, o dramático acidente de trabalho com Benitez, goleiro colorado e da seleção paraguaia. Foi uma comoção no Rio Grande. Embora sobrevivendo ao TCE (traumatismo cranioencefálico), ambos jamais voltaram aos gramados.
   Desde então, quantas cabeçadas. Quantas carreiras promissoras interrompidas. Não possuo estatísticas, mas estou certo de que os choques no crânio e na face têm aumentado consideravelmente nos últimos anos e com graves implicações para a vida de numerosos jovens atletas, que permanecem com sequelas para sempre.
   Urgem providências enérgicas. Considero, inclusive, propor uma mudança na regra do futebol, com a proibição de disputas de bola com a cabeça. Por que não?
    Defendo, pelo menos, a instituição de protetores do tipo que usa o goleiro Peter Cech, do Chelsea FC da Inglaterra. Ele, após sofrer um TCE, voltou à profissão, mas usando um capacete especial, que seguramente diminui sobremaneira os impactos no cérebro e minimiza as consequências neurológicas dos choques.
    Como em toda atividade laboral de risco, o futebol deveria ter, por lei, a obrigatoriedade da utilização desse EPI (equipamento de proteção individual), além de outros, como caneleiras, já em uso, e protetores bucais. Pode parecer estranho, incômodo, mas é indispensável, estou convicto. Outros esportes de contato físico já o adotaram.
   O Sindicato dos Atletas, por um lado, os clubes e a CBF, por outro, por interesses convergentes e na defesa da saúde e da vida desses artistas, nossos ídolos, que tantas emoções nos despertam, deveriam fomentar este debate e pressionar a Fifa para estabelecer modificações, de forma que traumas como o que sofreram Rafael Marques e Bernard do Atlético Mineiro no jogo de quarta-feira, contra o Santos, não passassem de mais um susto para os milhares de torcedores presentes na Vila Belmiro e, aos que, como eu, assistiam pela televisão.

  *Beto Grill é Vice-governador do Estado e médico ortopedista. Esse texto, de autoria dele,  foi publicado na Zero Hora de domingo passado).
 Sério! Juro! É verdade! Não é sacanagem!
   Anteriormente, quando era deputado, o Beto já havia proposto que, pelo menos nos desenhos animados veiculados em todo o território gaúcho, os personagens - especialmente os vilões, que também são filhos de Deus - passassem a ser obrigados a utilizar equipamentos de proteção individual (incluindo capacetes, item no qual o político cristalense é fissurado), a fim de evitar-se graves traumatismos ao serem atingidos por trens desgovernados, pianos despencados de mudanças ou bigornas voadoras.
     Urgem providências enérgicas!

sábado, 20 de outubro de 2012

DPPA

Findo seu plantão, o Inspetor despediu-se do Delegado:
- Qualquer coisa, prende o grito!

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Santinhos

O carnaval, antigamente, era no centro da cidade. Os desfiles aconteciam nos paralelepípedos da Rua XV e as famílias acompanhavam tudo nas cadeiras e bancos colocados ao longos das calçadas. Valia lança-perfumes, confetes e serpentinas. Valia, também, nas banquinhas colocadas à volta da praça, cachaça, cerveja, churrasquinho, pastel, melancia e mijo. Muito mijo.

O futebol, antigamente, era jogado nos três campos da cidade. No Bento Freitas, pelo menos, os torcedores precisavam chegar cedo para conseguir um bom lugar, não importando ter que aguardar o início do jogo durante horas sob o calor abrasador ou o frio congelante das arquibancadas de cimento áspero. Como quase sempre havia muito público, acabava-se, via de regra, assistindo aos jogos de pé. O consumo de bebida alcoólica, vendida em improvisadas "copas", era liberado. As "necessidades" dos torcedores eram feitas nas fétidas entranhas das gerais, com a possibilidade do mijo coletivo ser acondicionado em sacos plásticos para ser lançado sobre as cabeças dos incautos. Valia jogar o que se bem entendesse no juiz ladrão e, especialmente, nos seus coadjuvantes bandeirinhas. Valia, também, pressão psicológica verbal, como cantorias do tipo "uh, vai morrê!; uh, vai morrê!" ou "ô bandeirinha, ô bandeirinha, teu pai é corno e tua mãe é uma galinha".

As eleições, antigamente (mas não muito), contavam com candidatos que empolgavam, que faziam comícios inesquecíveis, abarrotados de correligionários e simpatizantes. Os debates eram inesquecíveis. Os partidos tinham evidentes diferenças ideológicas. A cidade ficava pintada para as eleições e seguia marcada pelas eleições. No dia da votação valia "boca de urna" e milhares de "santinhos" cobriam as cercanias das mesas eleitorais. 

Hoje o carnaval foi parar em um local escondido, cercado por tapumes e telas. Foi enxotado para um gueto, onde só vai quem participa das entidades inscritas nos concursos (inclusive burlescos!) e só assiste aos regrados desfiles quem paga ingresso. Não sei se mijar é permitido ao público e aos foliões. Melancia não pode! 

Hoje não se bebe no futebol, reclama-se do desconforto dos nossos vazios "estádios" e se torce sentado. O clube perde mando de campo se alguém jogar um radinho para as "quatro linhas". Prendem o torcedor que for pego "portando" um foguete.

Hoje as eleições são marcadas por candidatos insossos, que seguem scripts parecidos, preparados por marqueteiros contratados a peso de ouro. As campanhas parecem-se muito umas com as outras. Os candidatos também, inclusive ideologicamente (se alguma ideologia ainda há). A propaganda política é super restringida pela legislação eleitoral.


Sobraram os "santinhos", como nostalgia de outros tempos. Mas, pelo jeito, eles também estão com os dias contados.

A onda do "politicamente correto" escolheu esses ícones da democracia (porque de confecção barata, acessível financeiramente ao mais miserável dos candidatos a vereador) como bola da vez nesta última eleição. "Sujam a cidade", dizem. "Entopem os boeiros", afirmam. Diversos desenhistas, no dia seguinte à recente eleição municipal, publicaram nos jornais charges com o mesmo mote: a sujeirama das cidades, causada pelos "santinhos" dos candidatos porcalhões. O assunto rendeu até editorial da Zero Hora, claro.

Que chatice! Estamos no Brasil. Por isso precisamos comemorar carnaval, futebol e eleição. Os três, por razões óbvias, têm que ser tratados, sempre, como grandes festas de participação popular. Sabemos bem -  pela própria experiência - a falta que qualquer deles nos faz, não é?

Obrigado!

Em época de eleição, considerando que nos debates que antecederam o primeiro turno mais se falou na vizinha cidade e no seu famigerado polo naval...

remember, candidato:
o maior legado
de Rio Grande para Pelotas,
foi o Abel Dourado!