Houve uma época em que eu não perdia um único filme (recomendado!). Ia ao cinema sempre e em todos os horários disponíveis. Na maioria das vezes sozinho, outras tantas, acompanhado. A Marli Schlee foi minha maior companheira, nas sessões noturnas e frias do Cine Rei ou nas longas caminhadas domingueiras até o Tabajara.
Mas na trilha estabelecida pelo Bipolar, quero contar da minha experiência com O Iluminado. Sim, O Iluminado (“The Shining”), filme de Stanley Kubrick baseado no livro de Stephen King. Todos sabem, trata-se de um clássico do suspense. O crítico Jack Kroll, do Newsweek, chegou a chamá-lo de “o primeiro épico do terror”!
Pois bem, fui assisti-lo sozinho no Guarany. Devo ter cumprimentado o Beto, comprado um saquinho de balas azedinhas e sentado bem no meio da sala de projeção, como de costume.
O filme é incrível! E Jack Nicholson, no papel de Jack Torrance, esta fantástico. O escritor Jack, aceita o emprego de zelador em um grande hotel fechado e isolado pela neve. Com ele, convivem apenas a esposa (Shelley Duvall) e o filho pequeno. Mas, de alucinação em alucinação, ele resolve matar a família! E aí, é tarde demais! A ficção passa a ser a própria realidade, angustiadamente vivida em menos de duas horas. O enlouquecido pai com um machado na mão perseguindo o filho... A mãe trancada no banheiro e a porta sendo quebrada a machadadas... O olhar doentio de Jack caminhando em nossa direção... Quando então, no clímax do filme, alguém bateu nas minhas costas e perguntou:
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