sexta-feira, 1 de abril de 2011

31 de março (II) A catarse

Ufa! Não foi fácil ler a última postagem do Ari!!! Sozinho em um hotel em Uberlândia fui lendo e me emocionando... Fiquei com vontade de, novamente, me refugiar em Jaguarão para me acalmar. Tempos terríveis para todos nós. De amigos e de canalhas! De solidariedade e de desconfianças. Nascido em 1963, demorei um bom tempo para me acostumar com as rotinas de proteção. Hoje tenho plena consciência do quanto fui marcado negativamente por tudo aquilo. Mas também ficou uma paixão pela família, um gigantesco respeito pelos meus pais e uma correta compreensão sobre o que significa ter verdadeiros princípios – lutar por eles e ser radicalmente intransigente por eles! Por muitos e muitos anos, sonhei que o sobrado da Pe. Felício estava sendo invadido ou que nós não conseguíamos pular o muro da casa da Butuí... Fugir, fugir, fugir... Foi o que o pai não fez! Ele, com a mãe ao seu lado e segurando nossas mãos, enfrentou tudo! (outros não conseguiram...) Eu estava presente quando o pai defendeu – finalmente – a sua tese na Faculdade de Direito, foi ali que decidi meu rumo. Desde então tenho participado de inúmeras defesas de teses e de dissertações. Mas em nenhuma delas reencontro tamanho significado e emoção.
(PS. são 07h30min da manhã, tenho uma reunião na Universidade Federal de Uberlândia, e estou aqui inchado de tanto chorar).
Andrey

Nenhum comentário:

Postar um comentário