sexta-feira, 26 de agosto de 2011

O outro Mequinho famoso

       Lendo o texto do Kledir na ZH, que fala sobre o Henrique da Costa Mecking, lembrei-me do irmão mais novo do Mequinho. Na verdade esse irmão caçula do mestre enxadrista não chegou bem a ser meu amigo. Nem sei o primeiro nome dele (Flávio?). Era, por assim dizer, amigo de um amigo meu, o Álvaro Luis (filho do Fernando Freitas e da Olguinha, compadres dos meus pais).
       Houve um verão, no início das férias escolares, em que, apesar do calorão que fazia, juntava-se uma gurizada na frente da nossa casa, alí na Barão de Butuí (não muito longe do glorioso Estádio Bento Freitas, Bento este que, aliás, era o avô do Álvaro Luis). Eu e meu irmão, primos, amigos e vizinhos nos reuníamos para empolgantes tardes dedicadas a corridas de carrinhos. Explico: pegávamos carrinhos de plástico, baratos, os quais enchíamos com chumbo ou pilhas velhas (nos anos 70 ninguém estava preocupado com o meio-ambiente), para que ficassem bem pesados, com muito estabilidade ao serem puxados por cordinhas durante as competições. Um guri mais "carente", que morava em frente ao Bar Flor da Baixada, o Wilson, "fez" o carro dele com um frasco vazio de detergente e rodas de tampas plásticas. Evidente que a genialidade desse "Collin Chapman das calçadas" jamais foi reconhecida pelos outros, tendo ele e seu "protótipo" sido ridicularizados, num tempo em que nem se cogitava da palavra "bullying".
       Pois bem, foi nessa época que andou "correndo" na nossa pista improvisada o Mequinho mais novo. Ele não era bom naquilo (acho até que puxava um carrinho emprestado). Também não era bom de bola, nem de botão. Talvez nem jogasse xadrez! Mas ficou entre nós respeitado. Nunca foi esquecido (como prova este texto).
       Sua fama adveio de um relato do Álvaro Luis: o Mequinho foi autor do maior cocô do mundo! Ele, contou-nos o Álvaro Luis, certo dia, produziu um cocô de tamanhas dimensões que, espantado, chamou o  amigo para conferir, para servir de testemunha. A descrição, pelo Álvaro Luis, foi tão precisa que, cada um de nós, mentalmente, pode visualizar o "ocorrido". Mequinho confirmou tudo, orgulhoso. Segundo Álvaro Luis, o fenômeno aconteceu em razão da dieta do Mequinho, à base de wafer e bolachas recheadas. Eu, o Andrey, o Carlos, o Alexandre e os outros nunca duvidamos.

Um comentário:

  1. ARI:
    Consegui, enfim, chegar ao Bipolar agora de manhã.
    Além de ver a ultrapassagem do nosso Piquet sobre o Senna deles, encontrei aquele maravilhoso texto sobre as corridas de carrinhos na Butuí -- e o "ocorrido" com o Mequinho. E te digo, sem qualquer orgulho ou basbaquice de pai: é das melhores crônicas que li em toda a minha vida!
    Eu
    (Resolvi traduzir em "comentário" esse e-mail que recebi hoje de meu pai)

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