Esta semana a Zero Hora publicou notícia - sob a chamada "Suspeita infundada" - de que o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, manifestou, na quarta-feira, desconfiança de que pode não decorrer de simples coincidência o fato de que, assim como ele, Fernando Lugo, Cristina Kirschner, Dilma Rousseff e Lula, terem, num período bem curto de tempo, sido diagnosticados como portadores de diferentes tipos de câncer.
Sugeriu, com base nas leis das probabilidades, que essa sequência de doenças que acometeram presidentes de países sulamericanos pode não ser obra do acaso.
Mesmo salientando não ter qualquer prova a respeito, levantou a hipótese de que os Estados Unidos estejam, de alguma forma, por trás de tudo.
Lembrou os experimentos "médicos" realizados pelos norteamericanos na Guatemala na década de 1940, recentemente revelados (e que mereceram hipócritas pedidos de desculpas por parte do governo Obama).
Chávez comentou, então, se não seria de se imaginar que os americanos já tenham desenvolvido tecnologia capaz de induzir o câncer e que isso somente venha a ser revelado daqui a uns 50 anos.
Evidente que Chávez tem suas razões para nutrir a desconfiança que agora expressou publicamente. A paranóia do venezuelano justifica-se pelo manifesto interesse americano de que ele amanheça "com a boca cheia de formiga".
De resto, como mera "teoria da conspiração", daria um bom thriller, um filme de suspense. O roteiro, para mim, seria bem verossímil (ao contrário do que "pensa" a Zero Hora, pelo que se depreende do título dado à matéria).
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