segunda-feira, 6 de junho de 2011

Há 67 anos, o "Dia D"

       "A Operação Overload, a invasão da Europa pelos aliados, começou precisamente quinze minutos após a meia-noite de 6 de junho de 1944 - na primeira hora de um dia que seria para sempre conhecido como o "Dia D". Nesse momento, alguns homens especialmente escolhidos da 82ª e da 101ª Divisões Aerotransportadas do exército americano saltaram de seus aviões à luz do luar sobre a Normandia. Cinco minutos mais tarde e a oitenta quilômetros de distância, um pequeno grupo de homens da 6ª Divisão Aerotransportada britânica também pulou de seus aeroplanos. Esses homens exerciam a função de batedores e tinham a missão de acender fogueiras para iluminar as zonas de lançamento dos paraquedistas e tropas de infantaria transportadas por planadores, que deveriam segui-los em breve.
       Os exércitos aerotransportados dos Aliados estavam claramente demarcando os limites extremos do campo de batalha da Normandia. Entre eles e ao longo da costa francesa haviam sido escolhidos cinco praias para o início da invasão: Utah, Omaha, Gold, Juno e Sword. Durante as horas que precederam o amanhecer, enquanto os paraquedistas combatiam nas sebes escuras da Normandia, a maior frota que o mundo jamais conhecera começou a tomar posições ao largo dessas praias - quase cinco mil navios, transportando mais de duzentos mil soldados, marinheiros e guardas costeiros. A partir das 6h30min da manhã, precedidos por um maciço bombardeio aéreo e naval, alguns milhares desses homens avançaram através das águas até a praia, na primeira onda da invasão.
       O que se segue não é uma história militar. É a história de pessoas: os homens das Forças Aliadas, os inimigos que eles combateram, e os civis que foram surpreendidos na confusão sangrenta do Dia D - o dia do início da batalha que acabou com o insano jogo de Hitler na busca peladominação do mundo." (Prefácio do livro "O Mais Longo dos Dias" (Ed. L&PM Pocket), de Cornelius Ryan, famoso correspondente de guerra.)

               
      Na abertura de outro livro sobre o tema, "O Dia D - A Batalha Culminante da Segunda Grande Guerra" (Ed. Bertrand Brasil), o autor Stephen F. Ambrose reproduz as impressões dos maiores protagonistas da IIª Guerra a respeito do fato histórico que alterou definitivamente o destino daquele conflito e, mais do que isso, o destino da própria humanidade, sem qualquer dúvida: Winston Churchilll declarou tratar-se de "A mais difícil e complicada operação de todos os tempos"; Adolf Hitler, antecipadamente, advertiu aos seus que "A destruição do desembarque inimigo é o único fator decisivo em toda a condução da guerra e, por conseguinte, em seus resultados finais"; Joseph Stalin reconheceu que "A história da guerra não tem conhecimento de uma empresa comparável no que se refere à amplitude de concepção, grandiosidade de escala e mestria de execução" e Dwight Eisenhower, na "Ordem do Dia de 4 de junho de 1944" desejou "Boa sorte! E vamos todos rogar a Bênção de Deus Todo-Poderoso sobre este grande e nobre empreendimento".
       Desde quando era gurizote me interesso pela história da IIª Guerra. Meu primeiro contato com o tema foi visual. Lá em Jaguarão, dentre os livros do Tio Tato, havia dois ou três volumes de uma enciclopédia ilustrada sobre o conflito. Foi nesses livros que vi, chocado, a fotografia de uma estrada, nas Ardennas, com tanques, caminhões e canhões inutilizados, enfilerados em suas laterais; no leito, misturados à lama, afundados sob marcas de lagartas de veículos pesados, corpos de soldados. Hoje tenho muitos livros sobre a Guerra, incluindo alguns que têm fotografias mais terríveis que aquela. Outros, com narrativas e depoimentos que fazem a foto da estrada das Ardennas parecer um prosaico cartão postal!
       Mas, especificamente para quem quiser se aprofundar especificamente no tema "O Dia D", recomendo a leitura dos livros acima referidos e de "Dez Dias para o Dia D", de David Stafford (Ed. Objetiva), bem como os filmes "O Mais Longo dos Dias" (superprodução de 1962) e "O Resgate do Soldado Ryan", cujos primeiros quinze ou vinte minutos "se passam" na data do fato que hoje aniversaria e são do expectador perder o fôlego (o restante desse filme de 1998 é dispensável...).
      
       Agora, para a compreensão do fato maior, a IIª Grande Guerra, a sugestão é a de um livro fantástico: "Fumaça Humana - O Início da Segunda Guerra, O Fim da Civilização" (Companhia das Letras), de Nicholson Baker. 

3 comentários:

  1. Para quem gosta do tema, me atrevo a recomendar As areias de Dunquerque, de Richard Collier, que virou filme também. No início do conflito, 300.000 soldados inlgeses e franceses ficam encurralados pelas divisões panzer no nordeste da França e são resgatados pelo mar.

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  2. muito bom as coisa que estao nessa pagina gostei muito

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  3. Thaís Leal: Estou assistindo o filme, O Regagate do Soldado Ryan, e quis entender mais ao sobre o Dia D. Ao procurar no google, veio algumas imagens,e achei esse Blog. Gostei do resumo. Interessante.:-)

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