quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Orgulho de ser Dilma (por Andrey Schlee)

       “Pela primeira vez, na história das Nações Unidas, uma voz feminina inaugura o Debate Geral. É a voz da democracia e da igualdade se ampliando nesta tribuna que tem o compromisso de ser a mais representativa do mundo. É com humildade pessoal, mas com justificado orgulho de mulher, que vivo este momento histórico. Divido esta emoção com mais da metade dos seres humanos deste planeta, que, como eu, nasceram mulher, e que, com tenacidade, estão ocupando o lugar que merecem no mundo. Tenho certeza, senhoras e senhores, de que este será o século das mulheres. Na língua portuguesa, palavras como vida, alma e esperança pertencem ao gênero feminino. E são também femininas duas outras palavras muito especiais para mim: coragem e sinceridade. Pois é com coragem e sinceridade que quero lhes falar no dia de hoje....”  (Dilma Rousseff, Presidente o Brasil, 21 de setembro de 2011)
       Tenho orgulho de Dilma! Estadista é isso! Como é bom ver um Brasil independente, senhor do que faz e do que diz. Com uma mulher eleita democraticamente abrindo a 66ª reunião da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Uma mulher dizendo em alto e bom tom: "Lamento não poder saudar, desta tribuna, o ingresso pleno da Palestina na ONU. Assim como a maioria dos países nesta assembleia, acreditamos que é chegado o momento de termos a Palestina aqui representada a título pleno. O reconhecimento ao direito legítimo do povo palestino à soberania e à autodeterminação amplia as possibilidades de uma paz duradoura no Oriente Médio" ISTO É HISTÓRIA!!
       Para variar, a Rede Globo, no seu jornal noturno, esqueceu de “repercutir” (palavrinha deles) parte emocionante do belo discurso: "Sinto-me, aqui, representando todas as mulheres do mundo. As mulheres anônimas, aquelas que passam fome e não podem dar de comer a seus filhos, as que padecem de doenças e não podem se tratar, aquelas que sofrem violência e são discriminadas no emprego, na sociedade e na vida familiar. Aquelas que, no trabalho do lar, criam as gerações futuras. Junto minha voz às vozes das mulheres que ousaram lutar, que ousaram participar da luta política e da vida profissional, e conquistaram o espaço de poder que me permite estar aqui hoje. Como mulher que sofreu tortura no cárcere, sei como são importantes os valores da democracia, da liberdade, da justiça e dos direitos humanos". É que eles tinham que “repercutir” as baboseiras do Obama, o Nobel da Paz tapetão, que mais uma vez decepcionou! Eis a nova pérola: “A Paz não vem com resoluções das Nações Unidas”. É claro, para os americanos, e toda a turma desse engodo chamado Obama, a paz vem com bombas atômicas, com o terrorismo de Estado, e com o assassinato de milhares e milhares de civis na “Guerra contra o Terrorismo”...

Foto de Andrey Schlee
Cáceres - MT

Um comentário:

  1. Falou tudo, Andrey!! A Dilma arrasa como estadista! Orgulha a todas as mulheres! E isso que ela falou da Palestina foi a melhor parte!

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