quinta-feira, 17 de maio de 2012

Susto

    Passava um pouco das 10 horas, ontem, à noite. Voltávamos para casa. Então, precisando comprar uns remédios, paramos o carro no pátio do Posto Ipiranga da Avenida Bento Gonçalves com a General Osório. Bem na frente da farmácia Panvel que ali funciona. Pouco movimento, fomos atendidos por uma funcionária. Em seguida, minha e mulher e minha filha dirigiram-se ao caixa, na entrada da loja, para pagar pelas compras. Eu, bem pertinho, fiquei as aguardando junto à porta.
    Não vi, porém, quando um cara passou por mim e, quase do meu lado, posicionou-se entre a Fernanda e o balcão do caixa.
    Não vi quando ele, com a mão do bolso do blusão (indicando que portava um revólver), mandou que a atendente lhe passasse todo o dinheiro.
    Não vi quando exigiu que lhe passasse, também, as moedas.
   Somente ouvi quando ele mandou que eu não saísse da loja. Aliás, só entendi essa ordem quando ele a repetiu, momento em que percebi - vendo que ele enfiava nos bolsos um maço de notas de dinheiro que a moça, em pânico, lhe estendia - que se tratava de um assalto.
    Antes de sumir rua a fora, o ladrão passou por mim. Sei dizer, apenas, que era negro e vestia um moleton azul, desbotado. Em menos de um minuto, deixou-nos todos impotentes.
    Ninguém ficou ferido no episódio. Somete a féria da farmácia foi levada. Mas a experiência - por sua violência intrínseca - deixou a todos marcados. Muito triste. Assustador.

3 comentários:

  1. Bah! que horror, Aldyr, não brinca que a Flor ficou perto do caixa, no caso de haver reação do proprietário as coisas perdem o controle.
    Infelizmente é tão comum em qualquer lugar do país, inclusive em cidades menores.

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    1. Terrível. A Flor ficou assustadíssima. Tremia. Chorou muito. A sorte geral é que, como o cara pegou todo mundo de surpresa, não houve a menor condição de que alguém - estupidamente - esboçasse qualquer reação.

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  2. Essa cena - verdadeira - é igual aquelas que vimos nos filmes americanos quando um ou dois bandidos chulés assaltam uma "grocery" atentida por orientais que, burramente reagem, morrem com vários tiros e só depois, bem depois, é que chega o detetive que está suspenso, que é bêbado, separado da mulher... Ainda bem que o pessoal envolvido parece que não vai mais ao cinema... E viva a telentrega noturna (e diurna) Aldyr... (Eu já tenho uma mania: quando vou abastecer o carro não levo ninguém comigo...)

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