quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Elvis, que mora em Bagé, hoje completa 78 anos (por Luis Carlos Vaz*)

     Elvis Aaron nasceu gêmeo com Jessie Garon em 8 de janeiro de 1935. Jessie não chegou a ver a luz deste mundo. Esse fato foi suficiente para que ele desenvolvesse laços muito fortes com a mãe – e a família, até porque o irmão gêmeo, nascido morto 35 minutos antes dele, proporcionou uma enorme expectativa quanto ao nascimento do segundo gêmeo, Elvis Aaron que, para alegria de todos, nasceu forte e saudável.

     Criado como membro da igreja Assembleia de Deus, lá desenvolveu o gosto pelo canto e aprendeu muito sobre música. Mas Elvis, com seu divino dom musical, não dedicou-se à música na igreja, e já em 1956 ficou famoso gravando Love me tender, sucesso até hoje. Elvis foi o símbolo rebelde da geração do pós-guerra. No exército americano foi usado como imagem de “rapaz certinho” em propagandas e em filmes. E isso não mudou sua verdadeira vocação que era a de ser o Rei do Rock. Mas o fato é que as moçam enlouqueciam e perdiam a voz de tanto gritar em seus inúmeros shows pelo mundo afora. Seu modelo de corte de cabelo foi copiado por milhares de rapazes em todo o planeta (e fora dele) e o seu modo de vestir e cantar criou estilo entre todas as bandas que queriam fazer uma performance parecida com a do Rei do Rock and Roll.

     Mas isso tudo cansa. Afinal foram décadas de carreira, gravações, filmes, estúdios, assédio de fãs... Chega um ponto em que todos querem sossego. E com Elvis foi assim. Noticiaram sua morte em 16 de agosto de 1977 e Elvis se recolheu. Sumiu. Nunca mais apareceu. Contam que já foi visto na Jamaica, na Índia, no Turquistão... mas nós, que somos de Bagé, conhecemos um velhinho simpático, ainda meio cabeludo, que seguido é visto passeando pela Avenida Sete. Ele procura ser discreto, não chamar a atenção das pessoas. É o Elvis. Sim, o Elvis Presley. Não acreditam? Elvis não morreu! Vive e mora em Bagé, numa modesta casa (para não chamar a atenção...) ali perto da Vila Kennedy.

     Vizinhos contam que seguidamente, em noites de verão, é possível ouvi-lo cantar. Ele já não tem mais a mesma força na voz, dizem essas pessoas - afinal, completou 76 anos agora em janeiro, mas interpreta com a mesma emoção sua canção preferida – e nossa também - My Way.

     É, parece mentira. Mas Elvis não morreu mesmo. Mora em Bagé, afinal, que lugar melhor ele poderia escolher?

(*) Texto publicado pelo Vaz originalmente em 16 de agosto de 2011 (e republicada ontem, dia do aniversário de Elvis Presley) no blog velhaguardacarloskluwe.blogspot.com.br .

5 comentários:

  1. Maravilhoso texto do Vaz! mas grande coisa Elvis em Bagé, Cat Stevens depois da conversão ao Islã é visto meditando nas praias de Tapes.
    Um jeito de ficar fora desse mundo cruel, como do oficial, carrega além do Corão o violão em que compôs "Where the cildren play?".

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  2. Pô, me mataste no cansaço!!! não tem nenhum sobrando aí? pro martelinho com o Claudiomiro antes da prova de Direito Comercial? tudo na base da hora do espanto, eu sei o que vocês fizeram na prova do semestre anterior, colheita maldita.
    Brincadeira...

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  3. Foi uma festança dia 8 lá na Vila Kennedy...

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  4. Veja errou: "Where the children play?", a idade esta me fazendo passar vergonha, sem falar em "Don't be shy" ( de "Harold and Maude"), "Father and son" esta ele compôs em Tapes, "The wind", "Trouble", vou parar por aqui pra não chorar.

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