sábado, 5 de novembro de 2011

Clube Jaguarense - a queda

       O pai me disse, pelo telefone, que uma "coisa chata" tinha acontecido: o telhado do Jaguarense tinha desabado. Emocionado, chegou a comparar o  à própria decadência "da nossa família" (ancestralmente ligada a esse clube) em Jaguarão. Descoversei, tentei afastar, no breve diálogo telefônico, a procedência da comparação.
       Não imaginava, no entanto, a real dimensão do desastre (do prédio do clube, não da família).
       Então fui a Jaguarão e vi, com tristeza, o que sobrou do casarão do Jaguarense. A situação parece não ter volta: como se vê nas fotos abaixo, com a ruína do telhado, na parte do salão principal, nada sobrou além das paredes externas (porém estas acabaram se projetando para a frente, rachando praticamente de cima a baixo em ambos os lados da esquina). As estacas seguram-nas, para que não venham, também, ao chão.





       Lembro-me das vezes em que, pela mão do Tato (querido tio-avô) eu e meu irmão, crianças, íamos, faceiros, ao clube. Mas tarde, meados dos anos 70, foi naquele salão - hoje tomado por escombros - que disputei meus primeiros campeonatos importantes de futebol de mesa.     
       Acaso não seja possível salvar-se o centenário prédio do Jaguarense, é provável que no seu lugar venha a ser construído outro monstrengo como os que foram erguidos por Bancos em esquinas centrais da "Cidade Heróica" (e, à época, saudados como sinal de progresso).



       As fotos acima foram copiadas do blog confrariadospoetasdejaguarao.blogspot. Na da esquerda encontra-se retratado o prédio que deu lugar à horrenda agência do Banco do Brasil; já o palacete de dois andares, à direita, foi demolido para que, no seu terreno, fosse erguido o pavoroso prédio do Banrisul. Na frente deste último, onde havia o café (ponto de encontro diário dos cidadãos jaguarenses) - incendiado nos anos 70 -, surgiu a modernosa agência da Caixa Econômica Federal. Quem sabe não é o momento desses Bancos resgatarem a dívida que, por isso, têm com Jaguarão? 

Um comentário:

  1. É difícil encarar a situaçao e saber q cresci alí, abs seu Aldyr

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