Enquanto se lamenta o incêndio ocorrido no Mercado Público de Porto Alegre, aqui em Pelotas nosso Mercado teve seus portões de ferro reabertos, depois de longo período de inatividade devido às obras de reforma do bonito prédio. Entretanto, somente três bancas encontram-se ocupadas: uma por um barbeiro, outra pela associação das doceiras e a terceira por uma peixaria. O resto... fechadas. Natural: a fim de evitar que o populacho voltasse a tomar conta daquela zona de comércio, a Prefeitura colocou os valores das luvas, dos alugueis e das taxas de condomínio lá em cima. Não quer venda de sapatos vagabundos, de artigos de umbanda, de pratos feitos, de cachaça, dessas coisas pobres por lá. Como disse o Secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Fernando Estima, em entrevista à RBS, "foi difícil fazer a limpeza no Mercado Central, agora não vamos deixar voltar a ser o que era". Que venham as "micro e pequenas empresas", a fim de que, definitivamente, se transformem em boutiques e bistrôs as tradicionais bancas do Mercado. Que se lixem os sujos, feios e malvados. A eles, o gueto aí.
É o gueto de Varsóvia da livre iniciativa dos pobres, depois que o prefeito posou de bíceps desnudos tudo pode acontecer, inclusive tornar-se o símbolo sexual das tucanas avoadas.
ResponderExcluirEsse é o novo "mix" do Mercado.
ResponderExcluirSuper "cult" e muito mais "in".
Pelo menos assim será até a inadimplência inviabilizar o empreendimento, pois burguês de respeito não paga contas (coisa da ralé).
Coisa fina! A cara das nossas "tradições". Doces finos nos saraus e charque no couro da negada!
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