sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Autógrafo


Li ontem, no Diário Popular, que no final da tarde o jornalista carioca Mário Magalhães estaria autografando seu livro "Marighella - o Guerrilheiro que Incendiou o Mundo". Interessado pelo livro, fui lá na banca da Vanguarda e comprei o grosso volume (mais de 700 páginas), editado pela Companhia das Letras. Depois, por insistência da Fernanda, acabei indo pedir autógrafo ao autor (só porque ele estava praticamente sozinho, enquanto ao lado, uma longa fila aguardava que o Nauro autografasse o seu "Náufrago de um Mar Doce"). Ao ver meu nome escrito naquela tradicional tirinha "evita constrangimento", perguntou-me: "Schlee? O que você é do Alexandre?" Que surpresa, o escritor conhecia meu primo Alexandre, de quem - na juventude - foi colega de aula no Assis Brasil! E se lembrava dos meus outros primos, irmãos do Alexandre. Contou-me que, durante o tempo que morou nesta cidade, morava perto da Cohabpel e que, embora Flamenguista (contradição das contradições!), torce também pelo Pelotas. 


Através do Ombusman Folha apurei que ele nasceu no Rio de Janeiro em abril de 1964. Formou-se em jornalismo na Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ECO/UFRJ). É jornalista desde 1986. Trabalhou na "Tribuna da Imprensa", em "O Globo" e "O Estado de S. Paulo" antes de ingressar na "Folha de São Paulo", em 1991. Na Folha, foi editor-assistente do "Folhateen", repórter, editor-assistente e colunista de Esportes, repórter da Sucursal do Rio e repórter especial. Deixou o jornal em 2003 para escrever a biografia do guerrilheiro Carlos Marighella (1911-69), livro lançado pela Companhia das Letras. Voltou em 2006 como repórter especial, baseado no Rio. Entre prêmios e menções honrosas, recebeu duas vezes o Prêmio Folha de Reportagem, duas vezes o Prêmio da Sociedade Interamericana de Imprensa, o Grande Prêmio Esso de Jornalismo, o Prêmio Lorenzo Natali (da União Européia), o Prêmio Vladimir Herzog, a Medalha Chico Mendes de Direitos Humanos e o Prêmio Direitos Humanos-RS. É co-autor, com o fotógrafo Antônio Gaudério, do livro de reportagens "Viagem ao País do Futebol" (DBA-1998) e autor do livro-reportagem "O Narcotráfico" (Publifolha-2000).

Um comentário:

  1. Aldyr, vais descobrir que Marighella descontava 90% do salário de deputado para o partido, por isso morava e vivia com o mais mínimo dos salários num quarto e sala de fundos.
    Um grande brasileiro, um revolucionário de primeira hora, desde 64 quando o partido mijou para trás na reação ao golpe, ele declarou que o presidente eleito nas urnas deveria ser defendido pelas armas por ter sido derrubado por elas.
    Estou terminando o livro, excelente, já vem tarde a biografia do comandante da ALN.
    Hasta la victoria, siempre.

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