domingo, 3 de julho de 2011

Estádio!

       Ouvi na Rádio Pelotense, durante um programa esportivo, os jornalistas debaterem a respeito dos futuros jogos do Xavante pela Série C do Campeonato Brasileiro. Informaram que, contra o Joinville, a partida será jogada na Arena Joinville (até 2004 o time daquela cidade mandava seus jogos no Estádio Ernesto Schillen Sobrinho). Já o jogo contra a Chapecoense acontecerá na Arena Condá (atual nome do velho Estádio Índio Condá). A propósito, o pessoal do programa lembrou da "arena" que o Grêmio está construindo em Porto Alegre, bem como da "arena" do Atlético em Curitiba. Acharam que é "moderno" batizar-se (ou rebartizar-se) os estádios de "arenas", Brasil afora.
       Desculpem-me, mas, neste país, ARENA nunca poderá ser sinônimo de moderno. ARENA, historicamente, tem a ver com o retrógrado. ARENA será, para sempre, a sigla da malfadada Aliança Renovadora Nacional, criada pelo regime militar através do Ato Institucional nº 2 (em 1965) e que até o retorno do país ao pluripartidarismo (em 1979) aglutinou todos os "quadros" que eram subservientes aos militares.
       Assim como certos clubes aposentam números de camisetas, não mais os usando como uma homenagem a grandes jogadores que os imortalizaram dentro dos campos, a palavra arena - em contrário senso,  - deveria ser, por sua triste conotação, abolida do vocabulário nacional (e, por isso, afastada da designação de qualquer praça esportiva do país).


Com o fim do "bipartidarismo", em 1979, a ARENA virou PDS (Partido Democrático Social) que, mais tarde, trocou de nome, passando a ser, sucessivamente, PPB (Partido Progressista Brasileiro) e PP (Partido Progressista). Dissidência do PDS, foi criado o PFL (Partido da Frente Liberal (PFL), não faz muito tempo, rebatizado de DEM (Democratas). O cartum do Angeli, aí acima, diz tudo!

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