Quando fiquei sabendo que o Palácio do Som ia fechar, juntei uns trocados, e fui lá. Todos os elepês que restavam estavam amontoados sobre um balcão. Pilhas deles. Baratos. Escolhi, escolhi e comprei... só um: Vinícius e Toquinho. Era o que dava para pagar com minhas moedas.
Por ter passado no vestibular, em 1977, ganhei do Tio Claudio um presente: uma grana, que usei para comprar - na finada Beiro - o ótimo Refestança (do Gilberto Gil e da Rita Lee) em fita cassete.
Depois, época de vacas mais gordinhas, comecei, verdadeiramente, minha coleção de elepês. Como trabalhava longe, em Panambi, chegava em Pelotas na madrugada dos sábados e cedinho já estava na Trekos para a garimpagem. Meu irmão e meu primo Alexandre pesquisavam em Porto Alegre - onde estavam estudando - e me traziam maravilhas de sebos da capital.
Mesmo quando apareceram os cedês e os elepês praticamente deixaram de ser produzidos, mantive minha discoteca intacta (sequer descartando aqueles que também passei a ter na "nova" tecnologia).
Semana passada - numa onda de nostalgia - fui até a Woodstock, loja de "discos usados" do Marquinho, que fica ali na General Teles, além da Casa do Estudante. Resultado: pontas dos dedos sujas da poeira histórica dos discos e nove bolachões velhos-novos na minha eclética estante. Curiosamente, todos dos anos setenta. Os de estreia da Simone, da Carly Simon (solo) e do Hermes Aquino; um "ao vivo" do Paul Simon; Grand Funk Railroad ("We're an American Band"), Moody Blues ("On the Thereshold of a Dream") e duas coletâneas, do Steve Wonder e da novela Saramandaia (esta contendo "Canção da Meia-Noite", com os Almôndegas, e Pavão Mysteryozo, com Ednardo). Ah, e Cerrone 3, do tempo da disco, com a superlonga "Supernature" (cujo "clip" - que vale a pena ser buscado no YouTube - é o troço mais esquisito do mundo).
De quebra, Marquinho baixou na hora e gravou para mim um cedezinho com quatro músicas originalmente gravadas por Evinha (aquela do Trio Esperança) em um jurássico compacto duplo. Há muito tempo eu procurava uma dessas, "Pigmalião 70", dos irmãos Marcos e Paulo Sergio Valle. Muito bacana (diria Caetano). Quem se lembra?
Eu não lembro, sou da "maravilhosa" época do "sertanejo-universitário" e do pagode correntão dourado no pescoço.
ResponderExcluirOs idiotas de plantão dizem que se deve viver o presente, passado não serve pra nada, pois peguem este presente musical de presente.
Façam bom uso se puderem, será um presente (esgotado na primeira audição) sem passado.
Fui cliente da "Beiro" e do "Palácio", até hoje frequento o Brique da Redenção atrás dessas relíquias.
O Hermes Aquino foi relançado em CD, Aldyr, me parecem que apenas com dois LPs gravados em toda carreira.
Resolveste abrir os arquivos secretos, em que o popular nascia clássico, contendo relíquias do baú da memória de todas gerações até da Flor.
ASSISTI AO CLIP, TE JURO FIQUEI COM MEDO.........
ResponderExcluirPAULO F. SARKICIAN
Eis o endereço do clip que assustou o Paulo:
Excluirhttp://www.youtube.com/watch?v=V112pTo--Js&feature=list_related&playnext=1&list=AL94UKMTqg-9Bwexfs_ouDlXye5sBoEJMz
Uma feliz Páscoa!
ResponderExcluirAldyr, encontraste numa só escavação arqueológica? esse sítio
ResponderExcluirdeve ser muito bom, vou passar um dia lá.
Fala Prof. "Pardal".....
ResponderExcluirGrand Funk Railroad...hein?! Quem diria que o nosso "literato" do futebol de mesa é apreciador também de alguns "venenos"....hehehe.
Vida longa ao bom e velho rock'n roll....
Abraço.Caju.
Marcelo Caju, o mais aguadado, frustrou a expectativa geral em Caxias do Sul neste fim de semana. Como se comportará sua "defesa galesa" nos lisos?
ExcluirInfelizmente não pude comparecer devido a compromissos profissionais, porém para delírio dos "rotheanos" de plantão, sonho montar uma retranca no liso....Tudo isso a base de muita parafina debaixo do botão e lixa 80....hehehehe.
ExcluirAbraço.Caju.