Da Casa da Borracha ao Padilha, do Comercial ao Rei da Música, reinava o Lobisomem. Assim, a chance da gente se encontrar com o Lobisomem no Pão Gostoso, bem no centro da cruz formada pela Quinze e a Neto, era enorme.
O Lobisomem assombrou a infância dos meus primos, o Carlos e o Alexandre, sempre encarregados da difícil missão de buscar o "cacete de meio" de todo dia na saudosa padaria.
Eu nunca fui achacado pelo Lobisomem. Precavido, sempre evitei dividir a calçada com ele. À lenda se devia o adequado respeito!
Domingo, no campo do Brasil, um pipoqueiro se aproximou de nós. Eu e o Carlos percebemos ao mesmo tempo: era ele! E compramos pipocas do Lobisomem.
O Lobisomem tem um metro e meio de altura, muitas rugas e poucos dentes.
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