sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Momento Retrô

Hermes Aquino, versão Século XXI
           Chegamos em casa e ligamos a tv. De repente a Fernanda, com a mão boa como só a dela para achar coisas interessantes nos mais improváveis canais, me perguntou: "sabes quem é esse aí?", apontando para a telinha. Era um cara com uma boina grande na cabeça, um tiozão de colete azul e violão nos braços, que estava sendo entrevistado na... TV Assembléia Legislativa (!!!). Não identifiquei a figura até o momento em que começou a cantar. Pronto: Hermes Aquino! Bah, o dinossauro está vivo! E bem! Verdade que não se parece mais com aquele riograndino que fez sucesso nos 70' com Nuvem Passageira (a que "com o vento se vai"), Desencontro de Primavera e Machu Pichu; não é mais magrão, de bigodes e de cabelos compridos. Quer, super humildemente, "voltar devagarinho", com uma baita simpatia. Gostei de ver, até me emocionei um pouco (é sempre assim, com gente e coisas do passado!). No meu MP3 sempre ouço Nuvem e Desencontro. ET: Enquanto escrevo aqui estou baixando Machu Pichu e Longas Conversas. Dá-lhe veterano!

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Desejo

Se pudesse, me mudava para a Ásia, para Butão. Lá o esporte nacional é o fotebol de mesa.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Monumento à estupidez

I - A Fernanda tinha um tio (que já morreu). Irmão da mãe dela, o Tio Adão morava no Barro Duro, numa rua interna, sem pavimentação, transversal à avenida de entrada, longe da praia. A casa dele, um chalé, era cercada por árvores. Na frente, junto à janela do quarto, tinha um jasmineiro. Aconteceu que, de uma hora para outra, as árvores foram cortadas. A volta da casa e o pátio ganharam cimento, sob o argumento de que assim era mais fácil de manter tudo "limpo", sem mosquitos. E o jasmineiro? Também veio abaixo. É que, soube-se depois, o cheiro dos jasmins já estava enjoando a tia!

II - No nosso edifício, no jardim, havia duas árvores que se sobressaiam. Não sei de que espécie eram, mas acho que eram uns tipos de palmeiras, com folhas compridas e pontudas. Bonitas. Nelas os pardais se aninhavam todas as tardes. De manhã, cedo, já faziam uma movimentação muito legal. Essas árvores não estão mais lá. Dia desses acordei com o ruído de uma motosserra. Quando desci para sair, vi que um sujeito estava (imaginei) podando o galho mais alto de uma das árvores, que já alcançava uma das janelas do apartamento do primeiro andar. Ao retornar encontrei os restos das árvores na calçada, esperando para dali serem retiradas e atiradas em qualquer lugar. Justificativa da síndica: estavam muito altas, podendo cair ou causar problema se encostassem nos fios de alta tensão. Depois disso, nos cotocos foi esparramado sal grosso, para garantir a morte dos vegetais, evitar que, de alguma forma pudessem - sei lá como - renascer.

III - Resta agora, na frente de um edifício da Rua General Osório, em Pelotas, o monumento que aparece na foto. Como um Tiradentes degolado e esquartejado, foram-se as duas árvores. E para que nada onde estavam floreça - como com as coisas do mártir fizeram - salgaram o que ficou!

domingo, 6 de fevereiro de 2011

PUNTA

                          
                             Estamos desde terça passada em Punta del Este, capital de verano da Argentina. The Night They Drove Old Dixie Down, com The Band, toca ao fundo. Até hoje de manhã nosso apartamento (ubicado na El  Mesano x Las Focas), era uma zorra. Agora, reina o silêncio. "Posto" na mesa da sala, enquanto a mãe faz alguma coisa na cozinha. A Flor já deu uma lidinha no que estou escrevendo. Palpitou, tomou um Colet morninho, foi lá dentro e voltou. O Andrey e o Andreyzinho já se foram, para Montevidéo - num ônibus caindo aos pedaços - e, de lá, de avião, seguem rumo ao Planalto Central. Sylvia, Neneco e Helena, pela Ruta 9 (ou 10?) sairam cedo em direção à "pátria". Amanhã, para quase todos eles já é recomeço. Trabalho, aulas, planejamento, horários rígidos.
                             O convívio maravilhoso fica na saudade, para sempre. Há quanto tempo não se tinha essa possibilidade!
                             Mas aos aposentados e aos mais afortunados, cujas férias ainda prosseguem, Punta is a child! (Schild é outra coisa, que também se encontra por aqui).